segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Como poucos




Não quero andar em caminhos por outros trilhados, seguir a multidão perdida na estrada e adentrar por portas largas. Quero o caminho apertado, a porta estreita por onde poucos entram. Mesmo que seja difícil, não quero ser como todos, seguindo outros que não sabem onde vão, nem o que adiante encontrarão.
Não quero ver os dias passarem inutilmente nem deixar as coisas simples da vida tornarem-se insignificantes. Meus tesouros não sejam o que se acaba ou estraga, coisas pelas quais os homens lutam, vivem, morrem. O meu bem valioso seja o que nem todos enxergam, coisas que podemos sentir, e ser, e viver, e doar. Não quero ser servido, honrado, estimado, mas em lugar de honra desejo humilhar-me. Não seja soberbo meu coração, nem altivo os meus olhos para que eu não pense ser melhor do que outros.
Quero saber para onde vou, observar onde estou, prosseguir na estrada apertada sem importar-me com o que pensam sobre mim os que passam por portas largas. Que os meus pés não retrocedam e meus olhos não se esqueçam nunca de olhar para além da porta estreita, pois o que há depois dela guia-me e recompensa-me da árdua caminhada.
Poucos decidem por esta estrada e eu não quero ser como todos, quero apenas ser como poucos.





Karina Huerta

2 comentários:

Mayra Lobão disse...

Oi!
Eu sou a Mayra, trabalho na área de marketing da boo-box.

Estava visitando alguns blogs da comunidade Escritores Anônimos, e encontrei o seu... ele me chamou muito a atenção.
Tenho uma proposta a te fazer. Você pode me enviar seu e-mail? Meu e-mail é mayra@boo-box.com
Aguardo contato :)

Anônimo disse...

Parabéns, você tem o dom da escrita!
Muitos optam trilhar pelo caminho da porta larga. Poucos se aventuram no caminho de maior esforço, são aqueles que conseguem enxergar o que vem além da porta, felizes são, pois contemplarão a grandeza divina.

Beijo!